Acho que nunca escondi o imenso orgulho que tenho nas minhas
filhas e como me sinto tão privilegiada por as te na minha vida. Duas jóias tão
diferentes que fazem com veja o mundo de uma forma utópica e muito colorida.
Na verdade nunca achei
que tinha perfil para ser mãe de meninas, sempre tive uma “queda” natural para
meninos. Ir com eles jogar à bola, brincar com carrinhos, subir as árvores e
brincar com Lego e Super – heróis. Acho que no fundo o meu subconsciente queria
um filho, que fosse a minha versão de infância, para eu ter uma desculpa para poder
comprar Lego e figuras de acção e ver muitos filmes DC e Marvel.
Na verdade tive duas filhas tão diferentes como a Primavera
e o Inverno. A minha filha mais velha é doce, calma, ponderada, sensível é
capaz de chorar com histórias tristes, preocupasse com a irmã, com os amigos. É
distraída com a cabeça nas nuvens, deve ser dos livros que tanto lê. Adora coisas
kawaii e fofinhas e tem um péssimo gosto musical que ainda não consegui mudar.
Gosta de teatro, acho que tem muito jeito mas diz que vai seguir segurança
social como educadora de infância.
A Rita é a minha menina diabrete, esperta, desenrascada, com
uma vida cheia de relâmpagos e foguetes dentro dela. Adora azul, pintar é com
ela. Adora aprender coisas está sempre perto de mim e tenta monopolizar o meu
tempo, quer ser a favorita. Muito ciumenta das coisas dela, dos mimos da mãe. Nunca vi uma criança gostar tanto de fruta como ela!
Podia passar horas a falar das minhas filhas e da forma que
as educo. Nunca lhe bari embora quando fico mais alterada diga frases de fazer
brandar aos céus. Elas são o meu orgulho e faço questão de lhes dizer todos os
dias que as amo, que sou uma privilegiada por as ter na minha vida. Digo-lhes
que são importantes, inteligentes e lindas e que aconteça o que acontecer,
mesmo que me zangue, eu estarei sempre lá para ajudar. Porque é essa a minha
vocação criar duas mulher fortes, independentes com memórias de uma infância
maravilhosas.
Mas por ser assim não paro e às vezes até me esqueço de mim,
acreditem chego mais cansada na segunda-feira ao trabalho do que quando sai na
sexta. Faço montes de actividades e passeios com elas e não descansamos, nem eu
nem o pai. Sou cozinheira, enfermeira, cabeleireira, conselheira e juíza nas disputas entre as duas, e isso cansa, sim a maternidade cansa. Mas faço questão de as deixar pelo menos uma vez por semana,
dormirem na avó. Também preciso de descanso. Interrogo-me como é possível, os
mesmos pais, o mesmo ambiente, a mesma educação e são as duas tão diferentes. E
ainda bem que assim o é , senão não seriamos a família feliz sem macacos no
nariz!
As vezes pensamos que não temos perfil ou não vamos
conseguir mas a vida ensina-nos muita coisa até a gostar e comprar lacinhos,
fazer tranças e brincar com bonecas. Por isso falo tanto delas e coloco foros
delas, é o orgulho e a alegria de mãe. Hoje, não trocaria ser mãe de meninas
por nada…é o amor por elas que faz com que mude todos os dias mais um
bocadinho, foram elas que me tornaram um ser humano melhor
.
Obrigada Joana e Rita
por me terem dado o privilégio de saber o que é amor incondicional!